“Há tempos que não te vejo. Já tentei telefonar,
mandar sms… mas não consegui. De vez em quando alguém me fala de ti, que
estás mais feliz e que encontrou alguém. Eu nunca imaginei que me
enganaria assim, que me sentiria tão vulnerável como estou me sentindo.
Você saiu enquanto eu dormia e nem disseste adeus, fez de mim um louco e
sinceramente? Eu não sei o que aconteceu. O amor é cego mas eu vi, como
podemos nos enganar com algumas pessoas.”
“Se formos parar pra observar não faz tanto tempo
assim, não tem tanta história pra contar, momentos a compartilhar. Mas
posso assegurar que estão sendo os melhores, os mais superativos, os
mais aconchegantes.. Cada minuto que passo contigo — seja por onde for —
é bom, mais que bom, me acalma, me traz paz, me faz sorrir e te querer
perto, e mais perto a cada dia que passa. Eu não sei o porque de ter
conhecido você, não sei qual é o meu papel na tua vida ou o seu na
minha, eu só sei que você mais do que o esperado. E o que eu espero
agora é que esse tal papel seja mais que uma página, seja várias, quem
sabe um livro, pra que eu posso ter você aqui por dezenas de anos. Minha
necessidade de você é enorme, pra sorrir e dormir tranquila ao saber
que está bem.. O fato é que você deveria está aqui, não só pra eu te
abraçar.. mas abraçar forte, bem forte pra compensar todo o tempo que
passamos longe.. ”
“Eu não sou difícil de entender. A verdade é que
eu sou bem fácil de lidar. A verdade é que se eu gosto, eu gosto mesmo.
E corro atrás, e me desculpo, e piso em cima do meu orgulho e às vezes
até de mim. A verdade é que quando eu amo, eu não sei mentir. E me
entrego mesmo, e me coloco num cantinho qualquer, não olho para os
lados, e sem perceber já vou, já fui, já nem tô mais, nem nunca estive.”
— | Casebre. |
sábado, 29 de junho de 2013
“Se era amor? Não era. Era outra coisa. Restou
uma dor profunda, mas poética. Estou cega, ou quase isso: tenho uma
visão embaraçada do que aconteceu. É algo que estimula minha
autocomiseração. Uma inexistência que machucava, mas ninguém morreu. É
um velório sem defunto. Eu era daquele homem, ele era meu, e não era
amor, então era o que? Dizem que as pessoas se apaixonam pela sensação
de estar amando, e não pelo amado. É uma possibilidade. Eu estava feliz,
eu estava no compasso dos dias e dos fatos. Eu estava plena e estava
convicta. Estava tranquila e estava sem planos. Estava bem sintonizada. E
de uma dia para o outro estava sozinha, estava antiga, escrava,
pequena. Parece o final de um amor, mas não era amor. Era algo
recém-nascido em mim, ainda não batizado. E quando acabou, foi como se
todas as janelas tivessem se fechado às três da tarde num dia de sol.
Foi como se a praia ficasse vazia. Foi como um programa de televisão que
sai do ar e ninguém desliga o aparelho, fica ali o barulho a madrugada
inteira, o chiado, a falta de imagem, uma luz incômoda no escuro. Foi
como estar isolada num país asiático, onde ninguém fala sua língua, onde
ninguém o enxerga. Nunca me senti tão desamparada no meu
desconhecimento. Quem pode explicar o que me acontece dentro? Eu tenho
que responde às minhas próprias perguntas. Eu tenho que ser serena para
me aplacar minha própria demência. E tenho que ser discreta para me
receber em confiança. E tenho ser lógica para entender minha própria
confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto. Se não era amor,
Lopes, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações
abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma
espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só
não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar com o solo. Eu bati a
200Km/h e estou voltando a pé pra casa, avariada. Eu sei, não precisa me
dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre
adultos. Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta suficiente
para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas.
Onde é que eu estava com a cabeça, Lopes, de acreditar em contos de
fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o
botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem
sequelas, sem registro de ocorrência? Eu nunca amei aquele cara, Lopes.
Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era
amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travessos. Não era amor,
eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era
amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.”
— | Martha Medeiros. |
sexta-feira, 28 de junho de 2013
“Tá ai ainda? Há tanta coisa que quero dizer
para você, mas não tenho certeza por onde devo começar. Deve começar a
falar de tudo que eu sinto? Ou de que pensei que nunca ia me magoar? Ou
que meu coração insiste em procurar você? Poderia dizer tantas coisas,
mais to pensando aqui, enquanto estou a procura de palavras, só vem em
minha mente seu nome, seu sorriso. Agora eu estou pensando em nos dois,
Já não posso escutar certas musicas que lembranças da gente vem, ai e
difícil conter, as lagrimas rolam, ai já era, já não sei mais o que
fazer, minha cabeça diz que já se foi e meu coração ainda insiste em nos
dois. No futuro, sei que vou lembrar o tempo que passamos juntos mil
vezes. Vou ouvir seu riso, ver seu rosto e sentir seus braços
entrelaçados, seus suspiros em meu ouvido. Vou sentir falta de tudo
isso, mais do que você pode imaginar. A mais já não sei o que sentir, já
senti amor, ódio, raiva, tristeza cheguei a sentir uma dor imensa, mais
já tentei te esquecer, mais tudo que penso que vou conseguir nunca
acontece por mais que eu tente, esquecer você vai ser em vão. Penso em
você todos os dias e sei que quando for te ver amanhã, dizer adeus será a
coisa mais difícil ainda a esperanças, poucas, mais ainda a esperança
qual você sinta o mesmo sentimento, que por algum motivo você esqueceu, o
que talvez nos podemos compartilhar a nossa felicidade para todos, que
dizer a sua, por que a minha já virou tristeza e pode acreditar a minha
felicidade era ao seu lado agora que fiquei pra trás já não tem o por
que de ficar feliz em algum momento, meus risos são a maioria das vezes
pra esconder a dor, eles já não fazem mais sentido , então é isso que eu
queria te dizer. Mais resta saber se você ainda sente algo por mim, se
ainda que me ver. Eu te amo, sim, essa foi sempre meu segredo, mais o
que adianta esconder o que o mundo já sabe, meus olhos transmitem a todo
o instante que e você, sempre será você, até eu encontrar alguém que me
de valor coisa que você não deu.”
— | Achyla |
“Então foi melhor desse jeito, cada um para o
seu lado. Sentiria falta, se não tivesse me acostumado. Minha vida
amorosa sempre foi uma esteira rolante, tipo aquelas de indústria, sabe?
Sou esse péssimo operador de máquinas, eu me distraio, e elas acabam se
chocando umas nas outras.”
— | Gabito Nunes. |